Quarto do Jonathan

Percebi que ela não estava nada bem mas que não queria falar nada em frente à Cam e por isso mesmo estava a tentar "despachá-la" para que ficássemos sozinhos. Olhei-a quando por fim ficámos a sos e ela se foi sentar na cama.
- Uma dor? - aproximei-me dela. - Se calhar é melhor tomares alguma coisa não? - perguntei.

- Pois, se calhar é melhor - Encolhi os ombros e procurei por um comprimido para isso mesmo, tomando logo depois. Já não me bastavam os enjoos e agora eram dores. Mas, por norma quando se fala em enjoos... Arregalei muito os olhos e abanei rapidamente a cabeça

Ajudei-a a tomar o comprimido indo buscar-lhe água. Talvez agora ela acabasse por ficar melhor e as dores lhe passassem. Olhei-a quando arregalou os olhos e abanou a cabeça.
- Que foi? - perguntei franzindo a testa.

- E se eu estiver... Tipo... G... Aquela coisa - Disse ainda de olhos arregalados, olhando-o. Aquilo não podia acontecer-me, nem pensar! Fechei os olhos com força e mordi o lábio

Arregalei muito os olhos assim que ela disse aquilo e sentei-me na cama abanando a cabeça.
- Não. - disse apenas. - Não pode ser... - engoli em seco. Ela não podia estar grávida. Não podia mesmo...

Ele ficou mais transtornado que eu. Engoli em seco com a sua reacção e dei-lhe um beijinho na bochecha - Hey, calma... - Disse baixinho. Não devia ser ao contrário? - Eu tenho uma espécie de problema, daí ser muito mas mesmo muito irregular... E por causa disso eu quando quiser vou ter dificuldades a engravidar... Por isso não deve ser isso com certeza! - Disse, acariciando a sua bochecha

Baixei o olhar e suspirei baixinho, encolhi os ombros ao que ela disse.
- Hmm será mesmo? - acabei por olhar para ela. - Mas é melhor... fazeres um teste ou assim... - disse baixinho. - Para termos a certeza... - desviei de novo o olhar.

- Sim, eu posso fazer um teste só para ficarmos mais descansados.. - Afirmei, colocando depois a sua cabeça junto ao meu peito, abraçando-o docemente. Só tinha receio era que, se eu estivesse grávida, que o filho fosse de... Daquela vez, daquela noite horrível, daquele criminoso.

Encostei-me a ela e acabei por abraça-la.
- Está bem... - disse baixinho e engoli em seco. Agora sentia-me demasiado nervoso com tudo aquilo e com medo que ela estivesse mesmo grávida. Suspirei e deixei-me ficar abraçado a ela.

- Hey... - Disse baixinho enquanto lhe dava miminhos - É muito provável que não seja isso... Mas, caso seja... - Engoli em seco e depois continuei - Vou precisar que me ajudes numa coisa. Porque se estiver grávida eu vou fazer um teste de ADN, e se não for compatível contigo eu vou abortar - Disse, suspirando pesadamente. E se eu estiver grávida e ele for o pai?

Olhei-a quando ela falou e assenti com a cabeça.
- Está bem... não te preocupes...- murmurei, o pior de tudo é que o pai pode até ser aquele nojento que lhe tinha feito mal e isso deixava-me ainda pior do que eu me sentia. Preferia antes que fosse meu, para ser sincero. Sabia que isso a magoaria menos.

- Eu posso ir à farmácia e fazer ao menos o teste só para tirar algumas teimas... Eu vou lá num instante, sim? É perto e eu posso ir a pé num instante e volt logo - Sorri e dei-lhe um beijinho - Está tudo bem - Garanti-lhe e dei-lhe mais um beijinho, levantando-me depois.

Assenti e dei-lhe também um beijinho.
- Volta depressa. - pedi-lhe e levantei-me também logo a seguir a ela. Puxei-a para mim pela cintura e juntei os nossos corpos acabando por beijá-la de forma intensa.

Assenti e sorri quando me puxou para si e abracei-o enquanto aprofundava mais aquele beijo que por si só era bastante intenso. Sorri contra o seus lábios e olhei-o nos olhos - Se eu estiver grávida... Quero que seja teu e não dele. - Murmurei e dei-lhe mais um beijinho, afastando-me dele depois. Peguei na minha mala e fui então à farmácia num instante. Como não estava lá ninguém fui logo atendida e voltei logo para casa rapidamente. Aproveitei que não estava ninguém na casa de banho fui logo lá e fiz o teste. Esperei o necessário e quando vi o resultado suspirei. Depois arranjei-me e saí, indo ter com Jonathan que ainda estava meio perdido no quarto. Ele certamente nem se tinha apercebido que eu já tinha chegado, quanto mais que tinha feito o teste. Eu tinha a chave da sua casa e ele tinha a da minha, por isso não bati à porta nem toquei à campainha. Ao ver que a menina estava entretida a comer cereais e a ver bonecos, fechei a porta quando entrei no seu quarto.
- Hey... - Murmurei, mantendo a mão que tinha aquele aparelho atrás das costas

Assenti com a cabeça ao que ela disse e acabei por ficar o tempo todo no quarto meio perdido em pensamentos. Não acreditava nem estava à espera que aquilo acontecesse e na verdade estava cheio de medo do resultado daquele teste que ela iria fazer. Nem dei pelo tempo passar e tão depressa como ela tinha ido, já estava de volta.
- Hey... - murmurei baixo enquanto a fitava. - E então...? - mordi o meu lábio.

Tirei a mão de trás das costas e aproximei-me dele, mostrando-lhe o resultado - Parece que vou precisar da tua ajuda - Murmurei, encolhendo os ombros. Suspirei pesadamente e depois peguei novamente naquilo e pus em cima da cómoda. Aproximei-me dele e pus-me em bicos dos pés

Peguei no teste e engoli em seco assim que vi o resultado. Pois, era mesmo o que eu mais temia, tal como eu já estava a prever. Suspirei e olhei para ela quando se colocou em bicos de pés. Puxei-a para mim e abracei-a com força.

Mordi o lábio quando me abraçou e abracei-o também com força e suspirei. - Quando pudermos vamos ao hospital ou à clínica para fazer o outro teste... - Murmurei. Eu tinha de saber quem era o pai daquela criança. Ao saber sequer de um só rumor, aquele homem podia voltar, podia ameaçar-me, podia até pedir dinheiro eu sei lá. E se o filho for dele eu vou abortar. Por mais que isso me possa custar. Caso contrário... Se for do Jon, eu fico com o bebé.

Apertei-a mais para mim e assenti com a cabeça.
- Sim. - disse passando os dedos pelos seus cabelos. - Depois do natal vamos lá. - acrescentei. Aqueles dias de espera que teriamos pela frente iam deixar-me cada vez mais ansioso e nervoso, estava-me a sentir tão confuso com tudo aquilo. Não queria que ela estivesse grávida daquele nojento, e por isso, preferia eu ser o pai. Mas por outro lado, não queria nada que isto estivesse a acontecer, ter um filho não era o que eu queria neste momento ainda por cima apesar de tudo nós erámos apenas amigos "coloridos", nem sequer tinhamos uma relação a sério.

Assenti e sorri docemente. - Não era suposto eu estar feliz? - Disse na brincadeira, rindo baixinho. Pus-me novamente em bicos dos pés e dei-lhe um beijinho na testa. Dei-lhe depois um beijo carinhoso e segurei na sua mão, levando-a ao meu ventre. Acho que assim que a sua mão pousou nesse local, ambos estremecemos ligeiramente. Olhei-o nos olhos e acariciei a sua mão.

Encolhi os ombros à sua pergunta sem saber muito bem o que dizer.
- Acho que sim... - acabei por responder, mas as circunstâncias não estavam a ser as melhores por isso era normal estarmos um bocado confusos com tudo aquilo. Olhei para a sua barriga assim que ela pousou a minha mão no seu ventre e parece que o meu coração parou por momentos . Olhei-a também nos olhos. - Vai tudo correr bem. - foi a única coisa que consegui dizer.

- Estás mais assustado que eu... Não me digas que afinal és tu que estás grávido! - Brinquei com ele, rindo depois baixinho. Coloquei a minha outra mão na sua face, acariciando-a - Eu sei que vai correr tudo bem, eu sei.. - Murmurei, convencendo-me de tal a mim mesma. Dei-lhe mais um beijo e depois abracei-o - Vamos ter com a menina? Não lhe contamos nada para já, está bem? Porque depois se eu tiver de abortar é mais complicado... EU conto-lhe quando tiver todas as certezas

Ri-me levemente com o que ela disse e tentei descontrair um pouco, não valia de nada estar assim pois isso só iria fazer-me sentir pior e não ia mudar nada de nada. Dei-lhe um beijo também e assenti.
- Claro. É melhor esperarmos. - concordei com ela e sorri-lhe acariciando o seu rosto. Agarrei depois na sua mão e puxei-a comigo para a sala onde de certeza a Cam estaria.

encerrado

Suspirei como resposta e mordisquei o lábio. Assim que me pousou na cama eu apenas fiz que sim com a cabeça e fiquei lá à espera. Quando chegou, ajeitei-me - Jonzinho lindo e jeitoso... - Comecei, com um olhar carinhoso - Eu posso perfeitamente ir para a sala, e é Natal, não quero ficar na cama hoje.. - Fiz beicinho

Saí do quarto e dirigi-me à cozinha onde lhe fiz um chá para ela beber. Voltei depois ao quarto e dei-lhe a chávena de chá para a mão. Olhei-a quando falou aquelas coisas.
- É melhor descansares um pouco e depois sim, vais para a sala. - disse-lhe.